sexta-feira, 18 de abril de 2014

Páscoa (História)


Páscoa vem do hebraico Pessach e significa passagem. Era comemorada pelos judeus antigos e ainda hoje é celebrada pelos israelitas comemorando o Êxodo, saída do povo hebreu do Egito durante o reinado de Ramsés II. Da escravidão para a liberdade, um ritual de passagem. Era esta comemoração que Jesus celebrava com seus discípulos na noite de quinta feira Santa antes da crucificação.
O cristianismo deu um novo sentido a esta festa. A passagem seria a de Jesus da morte para a vida na ressurreição.

Essa idéia da renovação da vida já existia muito antes da era cristã. Muitos costumes ligados ao período pascal originam-se da celebração do Pessach (páscoa judaica) outros dos festivais pagãos. Os povos antigos comemoravam no equinócio da primavera (hemisfério norte) mais ou menos vinte de março, marcado pela transição da metade escura para a metade clara do ano, o inicio da primavera, que traz consigo a nova vida. O equinócio festeja a ressurreição da luz com o deus solar aquecendo a terra, a germinação das sementes após a hibernação, o desabrochar da vegetação e a renovação da vida.
Era comemorado por esses povos a morte e o renascimento de vários deuses como: Tammuz na Suméria; Osíris no Egito; Dionísio na Grécia; Odin na Escandinávia.

A atmosfera é de renovação, regeneração, expectativas e esperanças.

A festa tradicional associa a imagem do coelho, símbolo de fertilidade, e ovos pintados com cores brilhantes, representando a luz solar, ofertados como presente.
O símbolo do coelho, vem do fato de esse animal ser extremamente fértil e os primeiros a saírem das tocas após um longo inverno de recolhimento, e os ovos, representando o potencial de vida, novo início.

Muito antes da era cristã, há mais de 2 mil anos, os ucranianos já pintavam ovos, isto foi descoberto em escavações arqueológicas onde foram encontrados vestígios do pêssanky, ovos pintados à mão. Ainda hoje os ucranianos fazem as pêssanky para presentear durante o período da páscoa e são considerados talismãs que trazem boa sorte, fertilidade, amor e fortuna para quem os recebe. 

Da combinação desses antigos símbolos místicos provavelmente resultou o costume de se presentear com ovos de chocolate trazidos pelo coelho da páscoa.

Dessa forma a Ressurreição de Jesus traz consigo um novo tempo de paz e esperança para toda humanidade.

É portanto uma data propícia a rituais celebrando o renascimento, a passagem da tristeza para a alegria, das trevas para a luz, do egoísmo para o amor.

A renovação é uma riqueza a ser buscada. E sempre é tempo de recomeçar.


As origens do termo  
A Páscoa é uma das datas comemorativas mais importantes entre as culturas ocidentais. A origem desta comemoração remonta muitos séculos atrás. O termo “Páscoa” tem uma origem religiosa que vem do latimPascae. Na Grécia Antiga, este termo também é encontrado como Paska. Porém sua origem mais remota é entre os hebreus, onde aparece o termo Pesach, cujo significado é passagem. 
Entre as civilizações antigas  
Historiadores encontraram informações que levam a concluir que uma festa de passagem era comemorada entre povos europeus há milhares de anos atrás. Principalmente na região do Mediterrâneo, algumas sociedades, entre elas a grega, festejavam a passagem do inverno para a primavera, durante o mês de março. Geralmente, esta festa era realizada na primeira lua cheia da época das flores. Entre os povos da antiguidade, o fim do inverno e o começo da primavera era de extrema importância, pois estava ligado a maiores chances de sobrevivência em função do rigoroso inverno que castigava a Europa, dificultando a produção de alimentos.
A Páscoa Judaica
Entre os judeus, esta data assume um significado muito importante, pois marca o êxodo deste povo do Egito, por volta de 1250 a.C, onde foram aprisionados pelos faraós durantes vários anos. Esta história encontra-se no Velho Testamento da Bíblia, no livro Êxodo. A Páscoa Judaica também está relacionada com a passagem dos hebreus pelo Mar Vermelho, onde liderados por Moises, fugiram do Egito.
Nesta data, os judeus fazem e comem o matzá (pão sem fermento) para lembrar a rápida fuga do Egito, quando não sobrou tempo para fermentar o pão.  
A Páscoa entre os cristãos
Entre os primeiros cristãos, esta data celebrava a ressurreição de Jesus Cristo (quando, após a morte, sua alma voltou a se unir ao seu corpo). O festejo era realizado no domingo seguinte a lua cheia posterior al equinócio da Primavera (21 de março).
Entre os cristãos, a semana anterior à Páscoa é considerada como Semana Santa. Esta semana tem início no Domingo de Ramos que marca a entrada de Jesus na cidade de Jerusalém  
A História do coelhinho da Páscoa e os ovos  
A figura do coelho está simbolicamente relacionada à esta data comemorativa, pois este animal representa a fertilidade. O coelho se reproduz rapidamente e em grandes quantidades. Entre os povos da antiguidade, a fertilidade era sinônimo de preservação da espécie e melhores condições de vida, numa época onde o índice de mortalidade era altíssimo. No Egito Antigo, por exemplo, o coelho representava o nascimento e a esperança de novas vidas.
Mas o que a reprodução tem a ver com os significados religiosos da Páscoa? Tanto no significado judeu quanto no cristão, esta data relaciona-se com a esperança de uma vida nova. Já os ovos de Páscoa (de chocolate, enfeites, jóias), também estão neste contexto da fertilidade e da vida.
A figura do coelho da Páscoa foi trazido para a América pelos imigrantes alemães, entre o final do século XVII e início do XVIII.

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