CARÊNCIA AFETIVA [Maria Rita Lemos]
Se alguém se apaixona por uma pessoa, e, nós, estando fora da situação, achamos que não é o momento ou não é a coisa certa, rotulamos logo: "fulana estava carente", e aí, blá blá blá. Podemos achar, também, que estamos carentes quando estamos sozinhas, sem amor, ou quando as pessoas que amamos estão distantes, por diversas razões. Seja como for, vale lembrar a frase do Mestre Jesus: "Amai ao próximo como a ti mesmo".
Pois é, o difícil, muito mais difícil que amar ao outro, é nos amarmos. Aí reside a auto-estima. A regra é clara, como diria o comentarista de futebol: em primeiro lugar, amar ao autor da vida. Em seguida, amar a nós mesmas. Mas não é um amorzinho qualquer: a auto-estima só é para valer quando nos amamos muito. Apaixonadamente, eu diria, sem medo de parecer pedante.
Só dá para saber como amar praticando, e só dá para praticar conosco, para começar. Quando amamos, todas as nossas energias voltam-se para a pessoa amada. Queremos seu bem, em muitos momentos dizemos de nosso amor, agimos com doçura. Procuramos fazer com que a pessoa amada se sinta realmente assim. Amada.